quarta-feira, 25 de agosto de 2010

CIRURGIA E CICATRIZAÇÃO ADEQUADA: O QUE A NUTRIÇÃO TEM A VER COM ISSO?

Atualmente a busca pela forma ideal não é apenas das mulheres, cada vez mais os homens têm ocupado esse espaço, e a cirurgia plástica tem sido um dos procedimentos mais realizados nesse público. Mas o procedimento por si só não é mágico, é necessário ter certos cuidados para que os resultados sejam àqueles desejados quando se planejou a cirurgia. Os fatores envolvidos no sucesso de uma cirurgia plástica são inúmeros e vão desde a nutrição adequada no período Perioperatório, um bom estado imunológico, a ausência de tabagismo e uso de drogas, estado nutricional adequado, disponibilidade para realizar repouso no período pós-operatório, utilização de medicamentos adequada (tanto via oral quanto tópico), entre outros. A cicatrização é uma etapa crítica no processo, e pode determinar o sucesso da cirurgia.
Para uma boa cicatrização um dos fatores mais influentes é o estado nutricional adequado. Isso implica em um balanço adequado entre a gordura corporal e a musculatura, bem como a disponibilidade de energia, macro e micronutrientes, essenciais ao processo de regeneração do tecido.
A cicatrização é um processo com três etapas diferentes: fase inflamatória, fase proliferativa e a fase final que determinará a elasticidade da cicatriz. Na primeira etapa é essencial que estejam disponíveis as quantidades adequadas de proteínas e de ômega-3, que farão a imunomodulação e prevenirão que o organismo faça uma resposta inflamatória exagerada. Outros nutrientes imunomoduladores importantes nesse momento são: arginina, que melhora a perfusão sanguínea e o anabolismo de proteínas, a glutamina e o zinco, que melhoram a proliferação de células do sistema imunológico, as vitaminas A, E, C, e o selênio que serão importantes para a função antioxidante, devido a grande quantidade de radicais livres que o processo gera. Na fase seguinte é importante que estejam presentes todos os nutrientes citados anteriormente, e também os nucleotídeos, que terão função de síntese de novas células do tecido de cicatrização.
Esses nutrientes já devem estar presentes na dieta, mas infelizmente sabe-se que essa não é a realidade da maioria das pessoas que optam por realizar um procedimento como este. Desta forma pense em realizar uma avaliação nutricional antes da realização da cirurgia plástica, pois isso lhe renderá melhores resultados. Ademais, algumas vezes é preciso fazer suplementação para corrigir os erros dietéticos; lembre-se que essa avaliação e/ou prescrição não deve ser feita por conta própria, conte sempre com um profissional adequado e obtenha sucesso no seu tratamento.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

O COMER COMPULSIVO E O GANHO DE PESO

Dietas da moda, restrições alimentares severas e períodos de jejum, utilização de medicamentos anorexígenos e estimulantes do sistema nervoso autônomo adrenérgico.. esse repertório extensamente conhecido de práticas pode levar à perda de peso, principalmente por perda de musculatura devido a alta restrição energética em curto período de tempo. O que ocorre depois já é sabido: parada no método, comer compulsivo, a famosa gula, e o indesejado ganho de peso.. reação de rebote! Com a utilização inadequada desses métodos dificilmente se trata a real causa do problema.
Hoje em dia com todos os estressores à que somos submetidos é cada vez mais comum e incidente o diagnóstico de depressão e ansiedade, causadas pela redução de neurotransmissores no cérebro, principalmente de serotonina, tendo como conseqüência a compulsão alimentar (poucas vezes levam à perda de apetite) e o ganho de peso. Então nesses casos, aqueles métodos citados no início do texto não tratam a base do problema, apenas a mascaram por um curto período de tempo e podem agravar a situação.
Desta forma, quando se objetiva a perda de peso é sempre importante realizar uma investigação criteriosa sobre as causas do problema, ao invés de procurar soluções rápidas que podem ser falhas.
Mas como tratar? Muitas vezes é preciso investir em psicoterapia com profissional capacitado. Na maioria dos casos é possível começar o tratamento com a nutrição funcional, utilizando alimentos e fitoterápicos que regulam a síntese de serotonina controlando a compulsão.
Dentre os alimentos, aqueles com maior concentração de triptofano levam ao aumento de serotonina cerebral. São eles: banana, sementes oleaginosas, soja e derivados, ovos, carne, frango, e leite. Vale lembrar que é sempre importante avaliar o consumo de leites e derivados, tendo em vista a alta incidência de intolerância à lactose observada hoje na população.
Outra forma de melhorar a ansiedade através da alimentação é com o consumo adequado de carboidratos junto ao alimento fonte de triptofano, o que aumenta a utilização para síntese de serotonina no cérebro. Pode-se assim associar mel, melado, frutas com maior concentração de açúcares, e cereais integrais.
As plantas também podem ser muito úteis no tratamento da compulsão alimentar. Aquelas que regulam a neurotransmissão serotoninérgica são: griffonia simplicifolia, camomila, melissa, valeriana, magnólia, garcínia, entre outras.
Existem outros tipos de problemas nervosos que podem alterar o comportamento alimentar. Portanto é sempre indicado que se procure um profissional capacitado a identificar o seu problema antes de se auto-diagnosticar e/ou optar por um tratamento independente.