sexta-feira, 15 de julho de 2011

Que tipo de leite você pode tomar

O leite de vaca vem sendo considerado causador ou catalisador de diversas condições de doença, e por isso cada vez mais profissionais da área da saúde têm desencorajado o seu consumo. Os motivos são:

1. Intolerância a lactose: ocorre por redução na produção da enzima lactase, levando a má digestão da lactose, o que pode gerar distensão abdominal, gases e diarréia, má absorção de nutrientes e desconforto.

2. Alergia às proteínas do leite: neste caso as proteínas do leite são estranhas ao organismo, o que desencadeia um processo alérgico com produção de anticorpos e reação inflamatória no organismo. Pode ocorrer nas alergias respiratórias e doenças auto-imunes (e em outras doenças como acne e obesidade, representando uma reação imunológica tardia; a maioria das pessoas desconhece a relação desses problemas inflamatórios com o leite).

Se você está privado ou optou por não ingerir o leite, aí vão algumas opções e sua indicação de uso:

Leite de vaca com baixo teor de lactose: Pode ser usado por pessoas que têm intolerância à lactose, porém alguns indivíduos ainda apresentam sinais de má digestão, pois não é totalmente isento (ainda tem 10% do teor de lactose do leite convencional). Contra-indicado para pessoas com alergia à proteína do leite.

Opções disponíveis no mercado

Zymil (Parmalat)
Sensy (Batavo)
Elegê com baixo teor de lactose (Elegê)

Leite de soja: indicado para quem tem intolerância à lactose ou alergia ao leite de vaca. Atenção: algumas pessoas apresentam alergia à soja ou formação de gases em excesso, observar individualmente.

Opções disponíveis no mercado:

Ades
Sollys
Shefa
Mais Vita
Naturis
Soymilk
Soylait

Leite de arroz: Indicado para indivíduos que não podem consumir soja (por alergia ou formação de gases) e leite de vaca (por intolerância a lactose ou alergia as proteínas do leite).

Opções disponíveis no mercado:

Bio Rice – Vita Well
Bio Rice Drink – The bridge
Bio V de arroz – Jasmine

Leite de aveia: Indicado para indivíduos que não podem consumir soja (por alergia ou formação de gases) e leite de vaca (por intolerância a lactose ou alergia as proteínas do leite). Atenção: é o único leite que contém glúten.

Opções disponíveis no mercado:

Bio Avena Drink – The Bridge
Bio V de Aveia – Jasmine

Escolha o seu!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

POUCAS HORAS DE SONO PODEM PESAR NA BALANÇA

Se você é daquelas pessoas que está sempre correndo, dorme pouco, passa o dia cansado, e não consegue perder peso, a base do problema pode ser o seu hábito de dormir.
Um estudo recente realizado na Suécia revelou que homens jovens que foram privados do sono e se alimentaram da mesma maneira habitual, apresentaram redução no gasto energético 5 e 20%, quando comparado ao gasto energético nos momentos que dormiram adequadamente.
Em outro estudo realizado no Nova Iorque Obesity Research Center foram recrutados 30 indivíduos jovens com peso normal, que passaram 5 noites no instituto em 2 períodos diferentes. Durante o primeiro período do estudo eles foram autorizados a dormir 9 horas por noite, e no segundo período apenas 4 horas, e em ambos períodos foram alimentados com uma dieta restrita nos primeiros 4 dias, e no quinto dia poderiam comer o que quisessem. Ao final do estudo foi verificado que quando eles foram privados de sono ingeriram cerca de 300 kcal a mais no quinto dia, quando comparado ao período que dormiram normalmente.
Pesquisadores dizem que existem algumas explicações possíveis para a ligação entre o sono e a alimentação. Uma delas é que as horas de sono são importantes para liberação dos hormônios que ajudam a controlar a ingestão alimentar; de acordo com os mesmos, o sono parece desempenhar um papel de gerenciador do momento em que você sente fome, e que tipos de alimento você tem vontade de ingerir. Outra suposição é que a privação de sono pode levar o indivíduo a ceder aos desejos, consumindo mais alimentos de alto índice glicêmico e ricos em gorduras.
Se o hábito de dormir pouco for frequente no dia a dia, pode predispor o indivíduo privado de sono a desenvolver obesidade, dizem os pesquisadores.

Desta maneira, conclui-se que se você dorme pouco pode:

Gastar MENOS energia + Ingerir MAIS calorias = saldo positivo de energia = GANHO DE PESO CORPORAL

Cuide do seu sono, mantenha o peso adequado e tenha uma vida saudável!


Fonte: http://bit.ly/pIBBTT American Journal of Clinical Nutrition, online June 29, 2011.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Disbiose intestinal X absorção

O intestino é o local onde ocorre o final da digestão dos alimentos, a absorção dos produtos da digestão (nutrientes, fitoquímicos, água etc), excreção daquilo que não é necessário ou que é nocivo ao organismo, e funciona como importante barreira imunológica, constituindo assim um órgão regulador da saúde.
O acúmulo de maus tratos com a função intestinal afeta o equilíbrio da microbiota, fazendo com que as bactérias nocivas aumentem, causando a disbiose intestinal.



*Possíveis causas da disbiose intestinal:
-Idade
-Estado nutricional
-Estresse
-Disponibilidade de material fermentável (lactose por exemplo)
-Má digestão
-Alimentação pobre em fibras
-pH intestinal
-Uso excessivo de antibióticos e antiinflamatórios
-Uso abusivo de laxantes (e fitoterápicos com efeito laxativo)
-Consumo excessivo de alimentos processados
-Baixa imunidade

A disbiose leva ao aumento na permeabilidade do intestino, o que resulta na absorção de produtos estranhos ao organismo como micro-organismos, toxinas e aditivos alimentares, na má absorção de nutrientes essenciais ao organismo, e na redução da capacidade de combater micro-organismos patogênicos.
A má absorção de nutrientes ocasionada pela disbiose intestinal pode trazer sérias consequências ao organismo, como a redução da competência imunológica, redução na capacidade antioxidante, deficiências nutricionais que podem causar doenças, desequilíbrios entre os nutrientes, etc.
Sabendo que a sua saúde é dependente da saúde intestinal, é importante se ter cuidados com a alimentação, evitando a ingestão excessiva de carnes vermelhas, ovos, leites e derivados, açúcares, e alimentos processados. Deve-se assim investir em alimentos fonte de frutooligosacarídeos (componentes que estimulam o crescimento da microbiota saudável) como: polpa de banana verde, cenoura crua, couve-flor, repolho, cebola, alho e alho-poró, além de frutas e cereais. Em alguns casos deve-se fazer reposição de micro-organismos (probióticos), mas isso deve ser avaliado individualmente.
Volto a reforçar que em qualquer tratamento nutricional o bom funcionamento intestinal é essencial. Muitas vezes podemos apresentar sinais e sintomas de problemas relacionados ao mal funcionamento do intestino sem sabermos essa relação; desta maneira procure um nutricionista e trate o seu intestino, ele é um grande aliado da sua saúde!

ALMEIDA et. al., Rev Bras Nutr Clin 2009; 24 (1): 58-65.