segunda-feira, 12 de setembro de 2011

MICROBIOTA INTESTINAL E OBESIDADE

Uma pesquisa divulgada no dia 1 de setembro mostrou que indivíduos que têm uma dieta rica em gorduras e proteínas de origem animal desenvolvem um grupo de bactérias intestinais diferente daqueles que ingerem maior quantidade de alimentos de origem vegetal. Há evidências de que essas bactérias intestinais podem contribuir para o desenvolvimento da obesidade e de outras doenças crônicas.
Apesar de nenhuma relação de causa e efeito ter sido comprovada, os pesquisadores ligaram microbiota alterada com muitas doenças e condições, incluindo obesidade, doença inflamatória intestinal, síndrome do intestino irritável e câncer colorretal.
O que é certo é que os microorganismos do intestino podem desempenhar um papel significativo e subestimado na saúde humana. Uma teoria é que nosso sistema imunológico pode reagir a determinadas bactérias no intestino, provocando uma resposta inflamatória que poderia contribuir para diversas doenças.
Outra hipótese é que as bactérias que vivem em nossos intestinos podem influenciar na eficiência da absorção dos nutrientes, o que interfere no risco de nos tornar obesos. Estudos anteriores em roedores mostraram que se as bactérias intestinais de um animal obeso for transplantada em um animal eutrófico (peso dentro da normalidade), este se tornará obeso.
O que pode-se concluir é que: uma alimentação tida como “mais saudável” para população em geral é aquela que poderá contribuir para a formação de uma microbiota intestinal não obesogênica, e o indivíduo terá menos risco de se tornar obeso não apenas pela característica da dieta, mas também pelo estímulo microbiológico que ela causa no indivíduo.