segunda-feira, 27 de junho de 2011

Acne e dieta

Acne vulgaris, a doença de pele mais comum da civilização ocidental, tem sido relacionada à alimentação insulinotrópica, ou seja, aquela baseada em produtos que levam a liberação exagerada de insulina. Estima-se que 85% dos adolescentes ocidentais sofrem desta doença, e a dieta ocidental baseada em produtos lácteos e carboidratos de alto índice glicêmico tem ganhado destaque como fator influente no surgimento da doença. Especialmente os leites e derivados, e os produtos a base de proteína do soro do leite contribuem para elevação pós-prandial da insulina e do IGF-1, hormônios que provocam ativação das cascatas metabólicas que levam ao aumento da produção de gordura nas glândulas sebáceas, ocasionando a inflamação folicular. Outros alimentos relacionados ao surgimento do acne vulgaris são os carboidratos de alto índice glicêmico, ou seja, aqueles que aumentam rapidamente a glicose no sangue, como açúcares, farinhas refinadas, pães, bebidas industrializadas açucaradas, doces, etc.
Desta maneira, para tratar e evitar o surgimento do acne é necessário tomar as seguintes medidas:
1. Aumentar o consumo de frutas e verduras com cascas, talos e folhas; substituir as farinhas, pães brancos e cerais refinados pelas versões integrais.
2. Substituir as bebidas prontas (sucos, refrigerantes, chás, etc) por sucos de frutas naturais pouco coados e sem adição de açúcares.
3. Reduzir a quantidade de leites e derivados consumidos diariamente.
4. Reduzir a quantidade de doces na dieta.
5. Promover a educação nutricional do indivíduo submetido à dieta.
Estas medidas podem ser tomadas por indivíduos que buscam a redução da acne, ou até mesmo aqueles que desejam evitar o surgimento da mesma; entretanto, quando se trata de adolescentes e crianças o tratamento deve ser feito com acompanhamento nutricional, devido à fase delicada de crescimento. Procure um nutricionista!

quinta-feira, 16 de junho de 2011

CUIDADOS COM OS POLIVITAMÍNICOS E MINERAIS

Os polivitamínicos e minerais têm sido usados de forma indiscriminada devido aos apelos da indústria farmacêutica através das embalagens e propagandas, e à não necessidade de prescrição médica para a compra.
É certo que a ingestão adequada de vitaminas e minerais trás benefícios ao organismo, proteção, bem como promove seu funcionamento adequado em nível intra e extra-celular. Entretanto, o que a maioria dos consumidores desta classe de suplementos não sabe é que cada indivíduo tem uma necessidade de minerais e vitaminas diferente, que depende da idade, do sexo, das condições clínicas que apresenta, da prática e intensidade da atividade física, da constituição genética, e do nível de estresse físico e psicológico; e muitas vezes não há necessidade de suplementação, pois apenas a alimentação supre as demandas fisiológicas do indivíduo.
Além das necessidades individuais, outro fator que deve ser questionado ao optar pelo uso destes suplementos é a composição dos mesmos e a forma química dos nutrientes.. muitos nutrientes interferem na absorção de outros, e a forma química é muito importante para permitir que sejam absorvidos, principalmente se você tem alguma deficiência.
Entretanto para algumas pessoas que não têm sinais e sintomas clínicos de deficiências, mas que a alimentação é inadequada, o uso pode ser benéfico, dependendo da formulação dos nutrientes.
Se você optar pelo uso de polivitamínicos e minerais deverá levar em conta: sua individualidade bioquímica, seus sinais e sintomas de deficiência e excesso de nutrientes, exames bioquímicos, horários e dosagens, interação com os alimentos, e a composição do polivitamínico em minerais e vitaminas, bem como a forma química destes. Para esta avaliação procure um nutricionista, que é o profissional mais adequado para prescrever e orientar o uso.