quinta-feira, 27 de maio de 2010

EMAGRECIMENTO: ADJUVANTES DA DIETA

Atualmente sabe-se que o processo de emagrecimento pode ocorrer mediante a combinação ou não de vários fatores como alterações no comportamento alimentar, a prática regular de atividade física, a predisposição genética, a regulação hormonal, a utilização de fármacos, fitoterápicos e nutracêuticos, e por fim procedimentos cirúrgicos. A administração de fitoterápicos e nutracêuticos que tem por objetivo alteração no peso corporal é uma prática utilizada há muitos anos, e, tem conquistado grande importância nos tratamentos atuais.
Os fitoterápicos e nutracêuticos que têm uso destinado ao emagrecimento podem atuar no organismo através de diversos mecanismos, como pela redução da digestão e absorção de carboidratos e gorduras (inibição de enzimas digestivas), pelo retardo da velocidade do esvaziamento gástrico, através da estimulação da liberação de hormônios gastrintestinais e promoção da sensação de saciedade, do aumento da síntese de neurotransmissores relacionados à redução da ansiedade e do apetite, do aumento da termogênese e gasto energético, e da redução da síntese e acúmulo de gorduras no tecido adiposo.

Abaixo listo alguns exemplos:
- Redução na digestão e absorção de carboidratos: faseolamina
- Redução na digestão e absorção de gorduras: quitosana
- Retardamento da velocidade do esvaziamento gátrico: psyllium
- Liberação de hormônios gastrintestinais: Óleo de coco extra virgem
- Aumento na síntese de neurotransmissores: Griffonia simplicifolia
- Aumento da termogênese: Guaraná
- Inibição da síntese e acúmulo de gorduras: Chá verde, chá branco (camelia sinensis)

Fitoterápicos e nutracêuticos podem ser benéficos em vários casos. Entretanto é preciso fazer uma avaliação criteriosa a respeito da necessidade de utilizá-los, pois apesar de não serem considerados medicamentos podem ter contra-indicações e efeitos adversos. Ademais, não existem poções milagrosas, o uso dessas substâncias irá auxiliar o tratamento e não será a intervenção principal. Desta forma não utilize por conta própria, procure um profissional capacitado em fazer a prescrição adequada ao seu caso, e orientar sobre a necessidade de agregar outros tipos de tratamento.

terça-feira, 18 de maio de 2010

COLÁGENO HIDROLISADO FUNCIONA?

O colágeno é uma proteína extraída da articulação e pele de bovinos, que passa por um processo de hidrólise seguida de liofilização para o consumo humano. No corpo humano o colágeno representa 30% do total de proteínas, e tem função estrutural, sendo encontrado principalmente na pele, nos ossos, tendões, músculos, e ligamentos.
O colágeno possui 8 dos 9 aminoácidos essenciais (não contém triptofano) e uma concentração de glicina e prolina cerca de 20 vezes superior às encontradas nas demais proteínas. Na sua forma hidrolisada permite uma rápida absorção para a corrente sanguínea.
Mas por que será que o colágeno é benéfico para a pele, ossos, músculos e articulações, se as outras proteínas de origem animal são mais completas em aminoácidos? O colágeno se liga nos tecidos?? O colágeno ingerido não se fixa ao tecido, esse efeito benéfico provavelmente se deve a alta concentração plasmática de glicina e prolina, que estimulam as células destes tecidos a produzirem o colágeno conferindo resistência e estrutura. Os estudos científicos ainda não confirmaram o real efeito do colágeno ingerido no crescimento de colágeno nos tecidos, apenas especula-se no meio científico esse modo de ação.
Hoje em dia o colágeno tem sido utilizado para fins cosméticos, principalmente no combate ao envelhecimento e às rugas, para fins esportivos (aumento da massa muscular, melhora do desempenho), e também nas doenças osteo-articulares, sendo estas últimas com melhores resultados na redução da dor e na preservação da densidade óssea.
Para se ter o melhor benefício do colágeno é importante associar outros nutrientes. A vitamina C é essencial à produção do colágeno nos tecidos e assim deve estar presente diariamente na alimentação. Para reduzir a degradação do colágeno, além de evitar a exposição excessiva à radiação ultravioleta, pode-se associar a ingestão de antioxidantes como a vitamina A, vitamina E, o pinus pinaster, o chá verde, o polypodium leucotomus, e o ácido alfa-lipóico. E lembre-se, uma boa hidratação é sempre bem vinda!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

BENEFÍCIOS DO ÔMEGA-3

Você já ouviu falar em ômega-3?
São tipos de gorduras essenciais ao organismo, que não temos a capacidade de produzir, e assim precisamos obtê-las diariamente através da alimentação. As principais fontes deste nutriente são os peixes de água fria como o salmão, a sardinha, o arenque, o atum entre outros, a linhaça, e em menor grau o óleo de soja e de canola.
O interesse pelo ômega-3 surgiu em 1970, pela observação de que esquimós da Groenlândia apresentavam baixa incidência de doença coronariana, maior tempo de sangramento e menor concentração de lipídeos e lipoproteínas plasmáticas (colesterol, triglicerídeos). Verificou-se que as alterações não eram relacionadas a fatores genéticos, mas ambientais, provavelmente relacionados ao alto consumo de peixe, hábito diário daquela população. Os resultados foram confirmados posteriormente em estudo do realizado no Japão.
A partir de então, as pesquisas com a utilização do ômega-3 nas mais diversas doenças e como fator preventivo vêm comprovando seu efeito benéfico.
No nosso organismo o ômega-3 compõe as membranas das células, o que deflagra inúmeros benefícios. O metabolismo do ômega-3 faz com que ele produza efeitos imunomoduladores e antiinflamatórios, com evidência de benefícios na artrite reumatóide, alguns tipos de câncer, doença de Crohn, colite ulcerativa, psoríase, asma, lúpus e fibrose cística.
Além disso, já foi demonstrado que o ômega-3 reduz os triglicerídeos plasmáticos e a agregação plaquetária, contribuindo assim para uma prevenção de doenças cardiovasculares.
Os efeitos do ômega-3 não param por aí. Estudos têm demonstrado que a utilização do ômega-3 afeta também o sistema nervoso, modulando a memória, atuando na prevenção da demência, e trazendo melhoras na depressão e transtorno bipolar.
Hoje em dia, com a contaminação dos peixes grandes por mercúrio, com a alimentação artificial fornecida a eles, e com os riscos de contaminação microbiológica, é necessário atentar à procedência e ao tipo de pescado que você irá consumir. Para aqueles que não têm condições de utilizar o peixe na sua alimentação todos os dias, existem cápsulas de óleo de peixe livre de odor e de mercúrio, enriquecidas com vitamina E que impede sua oxidação, sendo uma boa opção par garantir as doses diárias.
Importante! Os ácidos graxos ômega-6, presentes nos óleos vegetais e em muitos produtos industrializados, também são essenciais e atuam de forma importante ao equilíbrio do organismo. Entretanto o seu consumo elevado inibe os efeitos benéficos do ômega-3, já que eles são competitivos pela mesma enzima para o seu metabolismo. Sendo assim, é necessário ter cautela ao consumir os dois tipos de gorduras, para se ter a quantidade adequada de cada um deles na dieta.
Atualmente existem recomendações de consumo diário de ômega-3 e ômega-6, e a relação adequada entre eles, para pessoas saudáveis. As recomendações para indivíduos que apresentem ou sejam portadores de alguma doença são baseadas em pesquisas científicas. Se você deseja saber a sua necessidade, procure um especialista, pois é o profissional adequado a fazer a prescrição dietética de acordo com as suas necessidades individuais.