quinta-feira, 5 de agosto de 2010

O COMER COMPULSIVO E O GANHO DE PESO

Dietas da moda, restrições alimentares severas e períodos de jejum, utilização de medicamentos anorexígenos e estimulantes do sistema nervoso autônomo adrenérgico.. esse repertório extensamente conhecido de práticas pode levar à perda de peso, principalmente por perda de musculatura devido a alta restrição energética em curto período de tempo. O que ocorre depois já é sabido: parada no método, comer compulsivo, a famosa gula, e o indesejado ganho de peso.. reação de rebote! Com a utilização inadequada desses métodos dificilmente se trata a real causa do problema.
Hoje em dia com todos os estressores à que somos submetidos é cada vez mais comum e incidente o diagnóstico de depressão e ansiedade, causadas pela redução de neurotransmissores no cérebro, principalmente de serotonina, tendo como conseqüência a compulsão alimentar (poucas vezes levam à perda de apetite) e o ganho de peso. Então nesses casos, aqueles métodos citados no início do texto não tratam a base do problema, apenas a mascaram por um curto período de tempo e podem agravar a situação.
Desta forma, quando se objetiva a perda de peso é sempre importante realizar uma investigação criteriosa sobre as causas do problema, ao invés de procurar soluções rápidas que podem ser falhas.
Mas como tratar? Muitas vezes é preciso investir em psicoterapia com profissional capacitado. Na maioria dos casos é possível começar o tratamento com a nutrição funcional, utilizando alimentos e fitoterápicos que regulam a síntese de serotonina controlando a compulsão.
Dentre os alimentos, aqueles com maior concentração de triptofano levam ao aumento de serotonina cerebral. São eles: banana, sementes oleaginosas, soja e derivados, ovos, carne, frango, e leite. Vale lembrar que é sempre importante avaliar o consumo de leites e derivados, tendo em vista a alta incidência de intolerância à lactose observada hoje na população.
Outra forma de melhorar a ansiedade através da alimentação é com o consumo adequado de carboidratos junto ao alimento fonte de triptofano, o que aumenta a utilização para síntese de serotonina no cérebro. Pode-se assim associar mel, melado, frutas com maior concentração de açúcares, e cereais integrais.
As plantas também podem ser muito úteis no tratamento da compulsão alimentar. Aquelas que regulam a neurotransmissão serotoninérgica são: griffonia simplicifolia, camomila, melissa, valeriana, magnólia, garcínia, entre outras.
Existem outros tipos de problemas nervosos que podem alterar o comportamento alimentar. Portanto é sempre indicado que se procure um profissional capacitado a identificar o seu problema antes de se auto-diagnosticar e/ou optar por um tratamento independente.

Um comentário:

  1. Excelente Luiza
    Suas matérias e dicas são sempre bem vindas.
    Cris

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